Economia

Em 2022, Brasil deve criar apenas 500 mil empregos, aponta levantamento

Mercado informal é quem deve puxar a criação de postos de trabalho

Por Da Redação
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Em 2022, Brasil deve criar apenas 500 mil empregos, aponta levantamento

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil deve criar apenas 500 mil novos postos de trabalho ao longo de 20222, entre vagas formais e informais, deixando o nível de desemprego estagnado neste ano. Isso é o que mostra um levantamento realizado pela consultoria IDados, que usa como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado pela CNN na quarta-feira (2). 

A pesquisa mostra que a taxa de desemprego no Brasil deve atingir 11,2% da população no final deste ano. Caso se perpetue, a expectativa significa uma queda de 0,4% na comparação com dezembro de 2021, quando o IBGE divulgou que a taxa de desemprego estava em 11,6%.   

Em valores absolutos, isso representa a criação de 500 mil vagas de trabalho. Ou seja, 12 milhões de brasileiros seguirão desempregados ao final de 2022, segundo o estudo da IDados. 

“O cenário de atividade econômica e de mercado de trabalho em 2022 é bastante incerto. Contribuem para essas incertezas os riscos de disseminação da variante Ômicron, de piora do quadro fiscal, e de aumento dos gastos públicos com a proximidade das eleições. Apesar da flutuação do desemprego ao longo do ano, decorrente dos efeitos sazonais, acreditamos que no fim deste ano estaremos com uma taxa de desemprego em patamar muito parecido ao que irá vigorar no fim de 2021”, ressalta a consultoria.

Os dados do levantamento ainda indicam que o mercado informal é quem deve puxar a criação das vagas de emprego. Sobre isso, o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pierre Souza, afirma que a maior parte das vagas seriam destinadas ao setor de serviços, que se recupera após o período de restrições da pandemia. 

Souza argumenta que as vagas informais são as mais adotadas pelo empresários quando passam por instabilidade econômica, com alta inflação e maiores juros, como é o momento atual. Ele também aponta o momento eleitoral como justificativa para os problemas registrados pela economia do Brasil.

“Estamos ainda num nível de desemprego bastante alto no país. Podemos afirmar isso quando falamos que mais de 10% da população do Brasil está desempregada. O emprego formal tem uma expectativa de longo prazo, com uma janela de maior de tempo, uma estabilidade maior. E com o cenário de incertezas, os empresários preferem as vagas informais, que são muito mais flexíveis. Essa instabilidade é determinada por indicadores econômicos e pela política, já que estamos em um ano eleitoral”, concluiu Pierre Souza.

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