Em Assembleia, funcionários dos Correios determinam greve por tempo indeterminado em todo Brasil
Trabalhadores reivindicam melhores condições de serviço e proteção contra covid-19
Foto: Fabiano do Amaral
Em assembleia presencial realizada na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na última segunda-feira (18), os funcionários dos Correios decidiram determinar greve por tempo indeterminado.
A paralisação nacional teve apoio de outros quinze sindicatos. O Sindicato dos Trabalhadores de Correios do RS (Sintect-RS) divulgou uma carta aberta onde critica o governo federal e a direção empresarial. “Na negociação deste ano, apresentaram reajuste zero e querem retirar praticamente todos os direitos da categoria”, afirma o documento.
De acordo com informado pelo secretário-geral do Sintect-RS, Alexandre dos Santos Nunes, o movimento é a única resposta possível a proposta da empresa que retira 70 cláusulas do Acordo Coletivo dos trabalhadores.
A categoria se posiciona contrária a aceleração do processo de privatização da estatal, mesmo que a demanda tenha tido crescimento de 25% no país, em decorrência da pandemia. “Fecharam agências, não realizam concurso para substituir os trabalhadores que se aposentaram ou saíram em sucessivos Programas de Demissão, entre outras iniciativas que têm levado aos problemas que hoje afetam a população”, descreve outro trecho da carta aberta.
O secretário-geral do Sintect-RS ainda confirma acreditar que a greve decretada em âmbito nacional representa a indignação dos trabalhadores com a empresa, que não se preocupa com a proteção dos trabalhadores expostos á covid-19, impõem sobrecarga de trabalho, exige trabalho aso fins de semana, não realiza testes nos trabalhadores, mesmo os que tiveram convívio com colegas afastados pela contaminação da doença.
