Em assembleia, grupo de indígenas pedem retirada urgente de invasores
MPF participou de ato da Terra Indígena (TI) Apyterewa
Foto: Divulgação
A Terra Indígena (TI) Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará, completa 15 anos de demarcada e homologada no próximo sábado (19), quando é celebrado o Dia dos Povos Indígenas. Durante esse tempo, no entanto, o poder público não realizou a desintrusão, que é a retirada de não indígenas do local. Por isso, a Apyterewa é constante alvo de invasões.
Além disso, a região já é considerada a mais desmatada do Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). Na semana passada, os indígenas realizaram assembleia com representantes de todas as 17 aldeias da TI para discutir o futuro do povo Parakanã e reivindicar que o Estado brasileiro realize a demarcação com urgência máxima.
Os Parakanã convidaram para o evento o Ministério Público Federal (MPF), que participou do segundo dia da assembleia. “O MPF compareceu ao evento com o objetivo de fazer uma melhor interlocução com o povo Parakanã que vive nessa terra. Foram alinhadas informações entre indígenas, MPF e outras instituições de defesa dos direitos indígenas para fazer valer o direito de usufruto exclusivo da Terra Indígena Apyterewa pelos Parakanã”, explica o procurador da República Rafael Martins da Silva.
Além de acelerar o processo de desintrusão da TI, lideranças indígenas indicam que é preciso que o poder público providencie segurança para as 17 aldeias da TI Apyterewa, todas expostas a ataques de invasores. As lideranças reivindicam também bases e postos de vigilância permanentes da Polícia Federal na área.