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Em comício no RJ, Bolsonaro comemora redução nas taxas de violência do país

Candidato à reeleição afirmou que, se reeleito, irá propor a redução da maioridade penal

Por Da Redação
Ás

Em comício no RJ, Bolsonaro comemora redução nas taxas de violência do país

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Durante comício realizado em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar que os índices de violência do país caíram. Em tom de comemoração, Bolsonaro afirmou que a taxa de feminicídio foi reduzida, assim como a de mortes por homofobia e as mortes violentas.

“O feminicídio caiu. Alguém tem notícia de ter subido o número de gays mortos no Brasil? Não subiu, porque diminuiu. Dados preliminares de ontem [indicam que], pela primeira vez na história do Brasil, o número de mortes violentas ficará abaixo de 20 por 100 mil habitantes. É um governo que combate a violência no nosso Brasil”, disse Bolsonaro.

Anteriormente, o candidato à reeleição já havia comemorada a queda no número de feminicídios e apresentado um dado falso. Segundo ele, a redução foi de 7,7%, mas, segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FSB), a queda foi de 0,67% entre 2019, quando Bolsonaro assumiu, e 2021.

Apesar da redução na violência, o Brasil é o oitavo país mais letal do mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Em relação a LGBTQIA+fobia, o país é o que mais mata integrantes deste grupo pelo quarto ano consecutivo, segundo relatório produzido pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+. Em 2021, foram registradas 316 mortes por LGBTQIA+fobia, ante 237 em 2020, um aumento de 33,3%.

O candidato à reeleição também declarou que, se for reeleito, vai propor, com o Congresso Nacional, a redução da maioridade penal, podendo imputar de forma mais dura crimes aos jovens entre 16 e 18 anos, que hoje se beneficiam com penas menores do que os adultos.

Bolsonaro se dirigiu aos profissionais de segurança prometendo apoiar alterações no excludente de ilicitude, já previsto no Artigo 23 do Código Penal, que exclui a culpabilidade de condutas ilegais em determinadas circunstâncias.

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