Em depoimento à CPI, Torres nega omissão durante 8 de janeiro
Ele ainda minimizou polêmica envolvendo "minuta do golpe" e negou ter questionado o resultado das eleições de 2022
Foto: Reprodução/TV Senado
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres depõe à CPI do 8 de janeiro nesta terça (8). Anderson Torres, que é ouvido na condição de testemunha, negou ter havido "omissão" ou "leniência" por parte dele com os acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis do Exército e com os atos de 8 de janeiro. Segundo ele, “se o protocolo [PAI] fosse seguido à risca, seríamos poupados dos lamentáveis atos de 8 de janeiro”.
O processo mencionado por Anderson Torres é conhecido como Protocolo de Ações Integradas (PAI), que engloba medidas coordenadas de segurança visando assegurar a manutenção da ordem pública. “O documento previa o fechamento da Esplanada (dos Ministérios). Posso afirmar que houve falha grave na execução do PAI. Se tivessem seguido à risca, os atos não teriam sido consumados”, alegou.
Durante o depoimento, Torres afirmou que nunca questionou o resultado das eleições de 2022, bem como minimizou as informações contidas na minuta. Segundo ele, tratava-se apenas de um documento "fantasioso e sem validade jurídica".
Torres chegou a ser preso no início do ano e, atualmente, é investigado por omissão aos atos de invasão às sedes dos Três Poderes . Na época da invasão, ele ocupava o cargo de secretário da Segurança Pública do Distrito Federal.
