Em dinheiro vivo e até na cueca, em 15 anos, PF já apreendeu mais de R$ 63 milhões com políticos
Considerando a correção pela inflação, o montante é equivalente a quase R$ 92 milhões

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Recentemente, a apreensão de uma quantia em dinheiro encontrada nas nádegas do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) ganhou repercussão nacional por causa do "ato de impulso", segundo classificou o parlamentar. Porém, a "estratégia" em esconder dinheiro em lugares incomuns não são novidade no Brasil.
Segundo levantamento feito pela equipe M(Dados), grupo de jornalismo de dados do Metrópoles, nos últimos 15 anos, a Polícia Federal já flagrou mais de R$ 63 milhões em dinheiro vivo em apartamentos, cuecas, caixas e até panelas com políticos, assessores e operadores financeiros.
Se considerar a correção pela inflação, o valor total é o equivalente a quase R$ 92 milhões atualmente.
Um dos destaques na lista de maiores apreensões em dinheiro vivo no Brasil é o caso do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), que em setembro de 2017, a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em caixas e malas em um apartamento localizado em um condomínio de luxo em Salvador.
Atualmente, Geddel cumpre pena domiciliar por causa da pandemia. Na última quinta (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ex-ministro só terá progressão para regime semiaberto após pagamento de multa judicial. (Leia aqui)