Em dois meses, mais de 260 mil alunos de universidades privadas abandonaram a graduação
Perda da renda é um dos motivos para suspender ou interromper estudos

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Entre os meses de abril e maio, as universidades particulares perderam 265 mil estudantes que abandonaram o curso ou trancaram a matrícula, segundo o levantamento do Semesp. O número deste ano teve um aumento de 32%, quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 201 mil desistências. A entidade também alerta que no mínimo 11,3% dos estudantes devem terminar o ano inadimplentes, com pelo menos uma mensalidade atrasada.
Uma outra pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) apontou em junho que 82% dos estudantes afirmaram que a perda da renda foi o principal motivo para suspender ou interromper os estudos. O levantamento ainda concluiu que 42% dos alunos estão sob o risco de desistir dos estudos, 5% a mais do que o total declarado em março, no início da pandemia.
A mudança das aulas físicas para as virtuais sem desconto das mensalidades dos alunos também tem impulsionado movimentos estudantis pela redução dos valores, já que, segundo eles, as instituições de ensino viram suas contas de água, luz e manutenção caírem.
No entanto, os advogados Maximilian Fierro Paschoal e Sasha Roeffero explicaram que na lei, não há nada que obrigue as instituições de ensino a concederem descontos devido a pandemia do novo coronavírus, o que pode ser feito elas duas partes é uma negociação com quem solicitar.