“Em Fuga é o novo disco da cantora amazonense Anne Jezini
O disco traz combinações de música pop brasileira com sonoridades latinas
Foto: Efronito
A cantora amazonense Anne Jezini lançou seu segundo disco da carreira, o álbum “Em Fuga” chega às plataformas digitais com 11 faixas, produzidas por: Lucas Santana, Erick Omena, Luisa Puterman, Victor Xamã e André Oliveira. A direção artística é da própria Anne Jezini. “A vontade era trabalhar com produtores diferentes e eu ser o fio condutor deste disco”, explica Anne. Ela conta que o disco é sexy, te faz refletir, dançar e “transporta a lugares muito únicos”. “Em Fuga” tem patrocínio do edital Natura Musical.
Para Anne, “Em Fuga” é o álbum da sua carreira. “O anterior, ‘Cinética’, me fez encontrar minha estética e o ‘Em Fuga’ é onde eu consigo colocar ela em prática da maneira mais meticulosa e escrevendo de forma direta e simples, montando um quebra cabeça pra contar uma história sobre essa alegoria que é estar em fuga: o movimento, a vontade de jogar tudo pro alto, a velocidade, e de tudo que eu gostaria de fugir”.
Anne, que também é produtora executiva, acumulou respeito pela comunidade artística manauara ao trabalhar nos palcos e também nos bastidores de projetos culturais diversos, indo de espetáculos a exposições. Além da presença local, a cantora desperta interesse de fãs de música boa por todo o Brasil. “Cinética” foi eleito um dos 50 melhores discos de 2016 pelo beehype. Sobre “Céu de Lurex”, o jornalista Lúcio Ribeiro escreveu, em 2020: “Música e voz boas que chegam de Manaus. Atenção ao som de Anne”.
A história do álbum “Em Fuga”
“Em Fuga” foi construído com tempo e cuidado desde 2018, a partir de três singles lançados ao longo dos últimos anos. O álbum nasce com a inspiração do poeta amazonense Thiago de Mello, que compôs a música “Faz Escuro Mas Eu Canto”, famosa na voz de Nara Leão. Anne decidiu regravar a música em 2018 e convidou o parceiro Lucas Santana para produzi-la. “O Lucas é como se fosse um orientador de mestrado da minha estética”.
Uma viagem à Floresta Nacional do Tapajós em 2019 inspirou Anne a escrever o single “Céu de Lurex”, faixa produzida pelos manauaras André Oliveira e Victor Xamã. “Vi aquele céu estrelado imenso e pensei: parece um tecido, tipo um lurex!”, diz Anne, que também é formada em Biologia. “Por isso, a natureza é tipo um easter egg nas músicas”. No mesmo ano, veio “Lá na Sete”, em parceria com a produtora Luisa Puterman. A música faz alusão à boêmia rua Sete de Setembro, que “reúne os modernos de Manaus com a galera do boi”, como explica Anne.
Os três singles viraram videoclipes e estão disponíveis no YouTube.
As três faixas puxam o restante das músicas do álbum “Em Fuga”, que tem músicas inspiradas no que Anne viveu nos últimos anos — do fim de relacionamentos amorosos aos desafios pessoais, como uma cirurgia no quadril, que exigiram pausas nos palcos. “Foi um processo de nascer de novo das cinzas. E agora me sinto pronta para tocar de novo, pronta para os palcos, e até melhor do que antes”.
"Em Fuga"foi selecionado por Natura Musical, no Edital 2020, ao lado de nomes como Áurea Martins, Bia Ferreira, Bixarte, Circuito ARTI, Juçara Marçal, Kunumi MC, Linn da Quebrada, Monstra Pankararu de Música, Pororoca Sound, Amanda Mittz, Rico Dalasam e TORÜ WIYAEGÜ . Ao longo de 18 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 600 projetos, entre nomes consagrados como Emicida, Russo e Antônio Carlos e Jocafi, Dona Onete e João Donato; artistas em ascensão como Linn da Quebrada, Rico Dalasam; e projetos de registro e fomento de cenas, como Os Tincoãs e Mostra Pankararu de Música.