Vovô Saramanda lança seu segundo disco solo “O Amor e a Alegria”

Filho do Pelourinho, no centro histórico de Salvador, o músico, compositor e cantor Orlando Macedo Conceição, o Vovô Saramanda, vai lançar o seu segundo disco solo, “O Amor e a Alegria”, aos 68 anos. O álbum de samba, com dez canções, foi produzido com financiamento do Conselho de Artes do Canadá, país onde o artista está radicado desde a década de 1980. Com lançamento marcado para o dia 29 de setembro, o trabalho é acompanhado de um documentário de mesmo nome, dividido em três episódios, cuja primeira parte estreia em 8 de setembro no canal de YouTube de Vovô Saramanda (www.youtube.com/@vovosaramanda1004).

O filme, com roteiro e direção de Clayton Nogueira, mescla trechos de entrevista com Vovô – apelido que ganhou ainda na adolescência – e cenas de estúdio, com parceiros da gravação do disco. No primeiro episódio, que marca o início da trajetória de apresentação da obra ao mundo, Vovô Saramanda reconstrói sua história. Neto de ialorixá e filho da cantora Claudete Macedo, ele cresceu em meio à musicalidade do candomblé. “No ventre de minha mãe, eu já escutava os tambores”, conta. Com uma infância e juventude cercadas de música e de artistas, ele chama de “escola” cada pessoa com quem se cruzou nesta jornada. Recapitula estas experiências até a vida adulta, ao início da carreira profissional e à mudança para o Canadá. Falando de si, Vovô Saramanda reafirma a competência musical, a força cultural, o africanismo e o movimento negro de sua cidade natal.

A parte 2 do documentário entrará no ar em 15 de setembro, duas semanas antes do lançamento do disco, que reúne sambas compostos por Vovô Saramamba e é produzido pelo premiado artista Rommel, maranhense também morador do Canadá. O álbum já vai chegar com o videoclipe de sua primeira faixa, “A Piaba Correu”. Depois, o terceiro episódio do filme irá contar detalhes de toda esta produção. “É um trabalho que me representa como pessoa e como músico. É moderno, mas mantém a essência”, diz Vovô. Modernidade e essência, como sempre fez – ecoando o Pelourinho, as festas na casa da mãe, o batuque no terreiro da avó, as andanças pelo mundo.