Em live, Bolsonaro garante prorrogação do Auxílio Emergencial
Presidente e ministro Paulo Guedes falam em "retomada econômica"

Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (25), em live semanal nas redes sociais, que o governo prorrogará o pagamento do auxílio emergencial por mais três parcelas. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou da transmissão ao vivo. “O auxílio emergencial vai partir para uma adequação. Serão, com toda certeza, R$ 1.200, em três parcelas. Deve ser, estamos estudando, R$ 500, R$ 400 e R$ 300” afirmou Bolsonaro.
Atualmente, o Auxílio Emergencial pago a trabalhadores informais é de R$ 600. Inicialmente, o programa tinha previsão de durar três meses. A gravidade da crise do novo coronavírus, no entanto, fez com que o governo precisasse planejar uma extensão dos pagamentos. Inicialmente, a equipe econômica chegou a bater o martelo e decidir pela extensão do benefício por meio de duas parcelas de R$ 300. Contudo, nos últimos dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem defendido uma extensão mais abrangente do programa, com a prorrogação por três meses do valor integral do benefício.
Durante a live, Guedes e Bolsonaro também falaram sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (24), de impedir que Estados e municípios endividados reduzam o salário de servidores públicos como forma de ajuste das contas públicas. Segundo Guedes, a decisão do governo não é aumentar salário e nem reduzir, apenas manter.
Ainda de acordo com o ministro da Economia, no momento, o foco do governo é gerar emprego e renda para que a economia seja recuperada. Guedes citou também o investimento no programa Verde e Amarelo, anunciado pelo governo em novembro, que reduz obrigações patronais da folha de pagamento para contratação de jovens de 18 a 29 anos, que conseguem o primeiro emprego formal e com remuneração de até um salário mínimo e meio .
“O foco agora é geração de emprego e renda para recuperar a economia do país. Nós vamos criar uma rampa de ascensão social. Vamos submeter isso ao congresso futuramente, o foco agora é geração de emprego. Depois nós vamos retomar a nossa agenda de reformas tributárias. O Brasil vai surpreender”, disse Guedes.
No fim da live, Bolsonaro comentou rapidamente sobre sua equipe. “Espero não trocar mais nenhum ministro”, disse. Em seguida, mencionou o Ministério da Saúde e elogiou o recém-oficializado titular da pasta, Eduardo Pazuello. “Está indo muito bem. Muitos querem que coloquem lá um médico, mas médico não é gestor”.
Guedes, também nos minutos finais, soltou uma novidade do governo, que ainda é apenas um projeto incipiente. “Pensamos em criar um bônus ao pequenininho (referindo-se ao pequeno e microempresário). Pagou os impostos, ganha um bônus”. Ressaltou, ainda, que foi mal interpretado na polêmica reunião ministerial, e se defendeu. “Fui muito mal interpretado. O que diz dizer foi que, com o grande (empresário), o governo ganha dinheiro), com o pequeno não, o governo perde, porque ele está tentando sobreviver, muitos quebram. Mas o governo sempre corre o risco, sim, para salvar o pequenininho”.