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Em meio à disputa tarifária, EUA manifestam interesse em minerais críticos brasileiros

Minerais críticos podem se tornar fortes instrumentos nas relações comerciais entre EUA e Brasil

Por Da Redação
Às

Atualizado
Em meio à disputa tarifária, EUA manifestam interesse em minerais críticos brasileiros

Foto: Reprodução/TV Brasil

Em meio à disputa tarifária e ameaça de taxação de 50% dos produtos brasileiros, os Estados Unidos confirmaram, na quinta-feira (24), que têm interesse nos minerais críticos e estratégicos do Brasil.

O interesse surge no momento de implementação da política nacional de minerais críticos do Governo Lula, também chamada de programa Mineração para Energia Limpa (MEL).

A medida em desenvolvimento no Ministério de Minas Energia (MME) propõe a identificação e classificação dos minerais considerados "críticos" para o Brasil, a partir da análise técnica de transição energética, novas tecnologias, inovação e até mesmo para o avanço bélico. Minerais como lítio, cobre, silício, grafita, nióbio e terras-raras são exemplos.

O governo visa ampliar a produção e desenvolvimento desses minerais críticos, principalmente com a participação de empresas de menor porte. Os minerais críticos podem ser instrumentos em negociações com países como Estados Unidos (EUA) e China, que demonstram interesses nos recursos brasileiros.

As empresas que colaborarem com as atividades referente aos minerais críticos também poderão receber títulos com redução de Imposto de Render, como gratificação para financiar projetos ligados a produção dos materiais.

O MME ainda divulgou que planeja criar estímulos para ampliar o mapeamento geológico de áreas no território nacional.

O encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar afirmou, na quarta-feira (23), que o governo estadunidense está interessado em ter acesso aos minérios. Atualmente, empresas estrangeiras possuem permissão para explorar tais minérios, diante de concessões do governo federal.

O subsolo é monopólio da União, que regula a exploração e exportações dos minerais. No entanto, é necessário que o Brasil crie um plano estratégico de valorização desses recursos para serem utilizados como moeda de troca em negociações como a tarifação de 50% dos EUA.

Em entrevista ao portal "O GLOBO", o engenheiro de minas e analista da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Jorge Boeira, opina que se o país conseguir construir políticas que associem a exportação desses minerais ao fortalecimento da indústria, os recursos deixaram de ser apenas mercadorias e passam a ser instrumentos estratégicos.

Dados do Guia para o Investidor Estrangeiro em Minerais Críticos 2025, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, mostram o impacto brasileiro na produção desses minérios nacionalmente. Confira:

Níquel: o Brasil possui 12,3% das reservas mundiais de e uma participação de 2,47% na produção internacional;

Grafita: 26,4% das reservas globais são brasileiras, mas a produção local atende 4,56% da demanda;

Terras-raras: o país possui 19% das reservais totais e apenas 0,02% da produção mundial;

Lítio: 4,9% das reservas são brasileiras e 2,72% da oferta global;

Nióbio: 94% das reservas e 90% da produção do mundo.

Também são destacadas reservas importantes de vanádio, manganês e bauxita.
 

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