Em nova carta, 300 servidores do IBGE acusam Pochmann de usar instituto para se promover politicamente: 'presidente paralelo'
Segundo funcionários, o dirigente saturou páginas do IBGE com suas realizações e realiza 'turnês oportunistas' pelo país
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em nova carta, 300 servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acusam o dirigente, Marcio Pochmann, de usar o instituto para se promover politicamente ao invés de reforçar a missão de produzir estatísticas confiáveis. Na carta, Pochmann é chamado de "presidente paralelo". A informação é da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
De acordo com a coluna, os servidores acusam Marcio Pochmann de ter saturado "a página do IBGE na internet, a Agência IBGE e as redes sociais do Instituto com notícias sobre o presidente e suas realizações”, além de promover “turnês oportunistas pelo país” que pegam carona nos eventos de divulgação dos dados do IBGE para cumprir uma “agenda paralela incluindo contatos com diversos políticos locais”.
Segundo os funcionários do instituto, o presidente só trabalha com um grupo fechado de auxiliares trazidos de fora do órgão e não se comunica com a imprensa. “Até hoje não deu uma coletiva para a imprensa que cobre o IBGE rotineiramente, preferindo falar com correspondentes estrangeiros, blogueiros amigos ou com veículos isolados, escolhidos sem qualquer transparência”, disseram os servidores.
Antes, uma outra carta com críticas à gestão de Pochmann já havia sido divulgada. Nela, os funcionários acusaram o presidente do IBGE de ter "posturas autoritárias" e "desrespeito ao corpo técnico”.