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Em ofício, corregedora da PGR aponta manobra de Aras para perseguir adversários

Caso envolve inquérito disciplinar aberto a pedido de Aras contra três procuradores da Lava-Jato

Por Da Redação
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Em ofício, corregedora da PGR aponta manobra de Aras para perseguir adversários

Foto: Reprodução/Agência Brasil

A corregedora-geral do Ministério Público Federal (MPF), Elizeta de Paiva Ramos, escreveu em um ofício interno que uma manobra adotada pelo procurador-geral da República Augusto Aras poderia ser usada com o objetivo de blindar aliados ou perseguir adversários. Essa é a primeira vez que a própria corregedora do MPF confronta o procurador-geral, apesar de ter sido indicada ao cargo com o apoio do mesmo. 

A manifestação envolve uma decisão da Corregedoria de investigar um assessor do gabinete do procurador-geral, depois de não encontrar provas em uma acusação feita por Aras contra outros três procuradores que pediram demissão de sua gestão. Aras, então, manobrou para retirar o processo da Corregedoria do MPF e enviou o caso ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), onde possui maioria.

O caso envolve um inquérito administrativo disciplinar aberto a pedido de Aras contra três procuradores que atuaram no grupo de trabalho da Lava-Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) e pediram demissão por discordâncias com sua gestão. Após a saída deles, a equipe os acusou de vazar informações à imprensa sobre um depoimento de Marcelo Odebrecht que abordava sua relação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli.

Após meses de apuração, a comissão do inquérito concluiu que não havia comprovação de que os três procuradores teriam sido responsáveis pelos vazamentos, já que outros membros também tiveram acesso às informações. Por isso, a corregedora determinou a realização de diligências complementares para apurar se havia indícios contra Lordelo.

A comissão do inquérito administrativo pediu informações sobre processos do gabinete do PGR e solicitou o depoimento do chefe de gabinete de Aras, o procurador regional Alexandre Espinosa, também de sua extrema confiança. As ações começaram a provocar incômodo na cúpula da PGR.

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