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Em rebate às críticas sobre a Copa do Mundo, presidente da FIFA diz: 'Nao assista'

Gianni Infantino também tentou se aproximar das minorias afirmando sentir-se catari, árabe, africano, gay, deficiente e imigrante

Por Da Redação
Ás

Em rebate às críticas sobre a Copa do Mundo, presidente da FIFA diz: 'Nao assista'

Foto: Reprodução/FifaTV

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, concedeu uma entrevista coletiva, na manhã deste sábado (19), em Doha, no Catar, e foi questionado sobre a política do país sede, além de discursar a favor das minorias. O governo sede da Copa do Mundo 2022 vem sendo criticado por conta do tratamento dado às minorias ao longo de sua história.

"Não assista. É como essas pesquisas que mostram alguns candidatos na frente, e depois eles não ganham. Pega bem para alguns dizer que não vão assistir, porque o Catar isso, porque a Fifa aquilo... mas a gente sabe que essas pessoas vão assistir, talvez escondidos. Porque nada é maior do que a Copa do Mundo. Para estas pessoas, as que vão ver escondidas, eu digo que vai ser a melhor Copa do Mundo da história", disse. 

"Hoje estou com sentimentos muito fortes. Hoje me sinto catari. Hoje me sinto árabe. Hoje me sinto africano. Hoje me sinto gay. Hoje me sinto deficiente. Hoje me sinto como um trabalhador imigrante", disse o mandatário durante fala em que tenta se aproximar das minorias.

Infantino também exemplificou sua experiência pessoal para dizer que entende as dificuldades enfrentadas pelas minorias. O dirigente lembrou de sua infância na Suíça e diz ter enfrentado discriminação por ser estrangeiro, ter cabelo ruivo e sardas.

"Claro que eu não catari, nem árabe, nem africano, nem gay, nem deficiente, nem um trabalhador imigrante. Mas eu sinto, eu sei como é ser discriminado, como é ser tratado como um estrangeiro. Como criança na escola eu sofria bullying, porque eu tinha cabelo ruivo e sardas. Eu era italiano, então imagine, eu não falava bom alemão. O que você faz? Você vai para o seu quarto, fica mal, chora. E então tenta fazer amigos, tenta convencer os amigos a se relacionar com outros e outros. Não acusa, não insulta. Você começa a se engajar. E isso é o que nós deveríamos fazer", completou.

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