Em resposta a 'tarifaço' de Trump, Canadá, China e México anunciam novas taxas a produtos dos EUA
Tarifas impostas pelo presidente norte-americano começam a valer nesta terça-feira (4)

Foto: Reprodução/Flickr
Em reposta às tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o Canadá, a China e o México anunciaram novas taxas de importação aos produtos dos Estados Unidos.
O Canadá foi o primeiro a responder ao "tarifaço" de Trump, após confirmar que as novas tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e México passariam a valer. Em comunicado, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o país iria impor tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos dos EUA.
Segundo Trudeau, parte das medidas entraria em vigor já nesta terça-feira (4), enquanto o restante passaria a valer em um prazo de 21 dias.
Depois, foi a vez da China. Pequim não impôs apenas novas taxas de 10% a 15% sobre as exportações agrícolas dos Estados Unidos, como também anunciou novas restrições de exportação e investimento a 25 empresas dos EUA, afirmando "motivos de segurança nacional".
Produtos como frango, trigo, milho e algodão dos EUA terão uma taxa adicional de 15%, enquanto soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios sofrerão uma tarifa extra de 10%. As medidas passam a valer em 10 de março.
A expectativa é que as novas taxas afetem cerca de US$ 21 bilhões em exportações de produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos, deixando as duas maiores economias do mundo um passo mais perto de uma guerra comercial total.
Pequim também adicionou à lista de controle de exportação, 15 empresas norte-americanas. A medida proíbe empresas chinesas de fornecer tecnologias de uso duplo a empresas dos Estados Unidos. Além disso, colocou 10 empresas norte-americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis por venderem armas para Taiwan.
Por fim, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum condenou as tarifas impostas pelos EUA e prometei uma retaliação aos norte-americanos. Segundo ela, não há justificativa para que os EUA imponham as taxas de 25% sobre as importações do México, e destacou que o país colaborou com o vizinho norte-americano em questões de migração, segurança e combate ao tráfico de drogas.