Em sabatina de Aras, Otto Alencar questiona corporativismo no MP

Senador relembrou que Conselho Nacional do Ministério Público arquivou investigações de Dallagnol

Por Da Redação
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Em sabatina de Aras, Otto Alencar questiona corporativismo no MP

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sabatina nesta quarta-feira (25) o subprocurador Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República. A reunião começou às 10h e se prolonga até o momento.

Presente no encontro, o senador Otto Alencar, (PSD-BA) relembrou que na operação Lava Jato foram constatados casos que burlaram a lei, chegando a constatar que o procurador Deltan Dallagnol quis criar o fundo de R$ 2 bilhões de reais para atividades que ele poderia controlar. E ai destacou que partidos políticos entraram em contato com o Conselho Nacional do Ministério Público pedindo que fosse aberto um processo contra Dallagnol.

"Vários partidos políticos entraram com o Conselho Nacional do Ministério Público pedindo que se abrisse o processo contra o doutor Deltan Dallagnol. Isso é arquivado, mostrando claramente corporativismo. A operação Lava Jato foi altamente positiva pro Brasil, mas vários órgãos da república estão contaminados pela corrupção, porque as vezes quando se faz um questionamento em que ultrapassou a lei seja de quem for, presidente da república, procurador, senador, nós analisamos aqui casos dessa natureza", retificou.

Além disso, o Alencar questionou o combate ao corporativismo. Chegando inclusive a relembrar que o CNMP arquivou investigações contra Dallagnol.

"Então eu queria perguntar se essa clareza que aconteceu com corporativismo veio do Conselho Nacional do Ministério Público, de não querer sequer analisar esses encaminhamentos pelo partido dos trabalhadores, pelo PSOL, PCDOB, vários partidos que tem representação política no senado federal. Se o corporativismo deve ou não deve ser combatido?", afirmou.

Ao responder o questionamento de Otto, Augusto Aras defendeu o órgão.

"O CNMP tem um índice de punições maior do que o do CNJ. Pune mais do que o CNJ". (É claro que) a punição não é diploma de eficiência. O desejo é que não seja preciso punir", disse.

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