Economia

Em um ano, pedidos de recuperação judicial crescem 105,2% no Brasil

MPEs são as mais afetadas, registrando 68 requerimentos

Por Da Redação
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Em um ano, pedidos de recuperação judicial crescem 105,2% no Brasil

Foto: Reprodução/Pixabay

Dados da Serasa Experian, divulgados nesta segunda-feira (26), revelam um crescimento de 105,2% nos pedidos de recuperação judicial em maio de 2023, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com o Indicador de Recuperação Judicial e Falências, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) são as mais afetadas, registrando 68 requerimentos, em comparação com 36 em maio de 2022. 

Veja:

“Para que possamos mudar a realidade das MPEs, que são as locomotivas da economia brasileira, precisamos investir em uma política de educação financeira, a fim de mostrar que existem formas de aumentar a longevidade e a saúde dos negócios no país”, afirma o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas (PME) da Serasa Experian, Cleber Genero 

Uma das dicas, segundo o executivo, é monitorar sempre o Score de crédito da empresa por meio da ferramenta “Saúde do Seu Negócio” de forma gratuita, além de investir em recuperação de crédito com os clientes e renegociação de dívidas com os fornecedores.

Os dados também revelam que o setor de "Serviços" registrou a maior quantidade de requisições de recuperação judicial, enquanto o setor "Primário" apresentou a menor demanda. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, "as empresas estão enfrentando dificuldades para manter suas contas em dia, o que inclui renegociar com os credores, um fator que afeta diretamente a sobrevivência dos negócios. A desaceleração econômica também tem impactado a geração de caixa das empresas, exigindo uma atenção maior em sua gestão".

Confira as informações por setor: 

Pedido de falência

Em maio, os pedidos de falência também registraram crescimento em relação ao mesmo período de 2022 (61,3%). O total foi de 121 requisições, cuja maioria (73) foram demandadas pelas Micro e Pequenas Empresas, seguidas pelas Médias Empresas (25) e, então, as Grande Empresas (23). No recorte de falências por segmentos, a maior parte foi das empresas de “Serviços” (54), depois “Comércio” (39) e “Indústria” (28).
 

 

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