Emir diz que críticas que o Catar vem sofrendo é uma 'Campanha sem precedente'
Supostos abusos afetam trabalhadores mal pagos, imigrantes e comunidade LGBT+
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O emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, falou nesta terça-feira (25) sobre as críticas que seu país vem sofrendo por sediar a Copa do Mundo deste ano. Na sua avaliação, o Catar foi alvo de uma campanha "sem precedentes", por ser a primeira nação árabe a sediar o torneio da Fifa.
“Inicialmente, lidamos com o assunto de boa fé”, afirmou o xeque Tamim em um discurso político televisionado, acrescentando que algumas das críticas iniciais foram construtivas. Mas, disse ele, uma campanha contra o Catar se expandiu para “incluir invenções e padrões duplos que foram tão ferozes que infelizmente levaram muitas pessoas a questionar as verdadeiras razões e motivos por trás da campanha”.
Desde que conquistou o direito de receber o grande evento, há 12 anos, o Catar enfrentou críticas por seu tratamento aos trabalhadores imigrantes nas obras de construção dos estádios e da infraestrutura do país e também à comunidade LGBT+, entre outras questões.
Os supostos abusos que afetam trabalhadores mal pagos que movimentam a economia do Catar e que construíram seus reluzentes estádios para a Copa do Mundo têm sido um ponto de partida para protestos em todo o mundo, especialmente na Europa. O governo tem repetidamente insistido que o país melhorou as proteções aos trabalhadores, alegando que as críticas estão desatualizadas.