Emissões de CO2 de combustíveis fósseis aumentaram 1% em 2022, aponta ONU
Anos de 2015 a 2022 foram os oito mais quentes já registrados
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As emissões de CO2 de combustíveis fósseis aumentaram 1% em 2022 em comparação com o ano anterior, segundo relatório "Unidos pela Ciência", feito por 18 agências da ONU e parceiros, divulgado nesta quinta-feira (14). A Organização afirma que a falta de ação climática coloca em risco metas globais para combater a fome, a pobreza e os problemas de saúde, melhorar o acesso à água potável e à energia.
Segundo o documento, apenas 15% dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, estão no caminho certo. Além disso, aponta que as concentrações atmosféricas globais de CO 2 continuam crescendo.
Os anos de 2015 a 2022 foram os oito mais quentes já registrados. Os autores do estudo afirmam ainda que 2023 está sendo um ano de extremos, com ondas de calor excepcionais, incêndios florestais arrasadores, chuvas torrenciais e ciclones tropicais de alto impacto.
Julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado e as temperaturas médias globais da superfície do mar atingiram níveis recordes.
No ritmo atual, o aquecimento global será de 2,8 °C ao longo deste século, em comparação com os níveis pré-industriais. A meta defendida pelos especialistas é limitar este aumento a apenas 1,5°C.
O estudo mostra ainda que os impactos das condições meteorológicas extremas e das mudanças climáticas afetam desproporcionalmente as comunidades vulneráveis. Mais de 90% destes óbitos e 60% das perdas econômicas ocorreram nos países em desenvolvimento.