Emprego formal apresenta aumento de 16,5% no ano passado, aponta Caged
No acumulado do ano, foram criados 1.693.673 cargos de trabalho
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O saldo de empregos no ano passado (janeiro a dezembro) teve um aumento de 16,5% em comparação ao saldo apontado de 2023, de acordo com os dados do emprego formal publicados nesta quinta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. De acordo com o Novo Caged, que calcula o emprego com carteira assinada no Brasil, no ano passado foram criados 1.693.673 cargos de trabalho contra 1.454.124 em 2023. O saldo em dezembro do ano passado teve uma diminuição de 535.547 de empregos, alteração referente de -1,12%.
Do total de cargos, 83,5% dos postos criados podem ser apontados como típicos e 16,5% não típicos, sobretudo 30 horas ou menos (+150.341) e intermitentes (+87.359).
De acordo com os dados do Novo Caged, foram 3.147.797 cargos criados no Brasil desde o início de 2023, com a reserva de vínculos celetistas ativas somando 47.210.948 vínculos em dezembro, uma alteração de 3,7% comparado ao estoque de 2022, quando foram contabilizados 45.517.275 vínculos.
Acumulado do ano - Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas anotaram saldos positivos, foram os maiores saldos no Setor de Serviços com criação de 929.002 postos (4,20%) e Comércio, que criou 336.110 postos (+3,28%). A Indústria, com geração de 306.889 postos no ano (+3,56%), foi um setor de evidência, puxada pela boa criação de trabalhos na indústria de transformação (+282.488). Calculando o acumulado do ano de 2024 (janeiro a dezembro) e o mesmo tempo de 2023, quando foram criados 125.002 postos de trabalho, teve aumento de +431.891 empregos formais no setor. A Construção Civil foi responsável pela geração de +110.921 postos (+4,04%) e a Agropecuária por +10.808 postos no ano (+0,61%).
O saldo positivo foi apontado nas 27 Unidades Federativas, o destaque foi para São Paulo (+459.371); Rio de Janeiro (+145.240) e Minas Gerais (+139.503). O emprego foi também positivo nas cinco regiões do Brasil, com o Sudeste gerando 779.170 postos (+3,35%), o Nordeste +330.901 (+4,34%), o Sul, com a recuperação do Rio Grande do Sul, depois do desastre das enchentes no começo do ano, gerou 297.955 postos (+3,58%), ficando em 3º lugar entre as regiões. O Centro-Oeste gerou 137.327 postos (+3,38%) e o Norte 115.051 postos (+5,07%). Em termos relativos, as Unidades da Federação com maior alteração no mês foram Amapá (+10,07%), Roraima (+8,14%); Amazonas (+7,11%) e Rio Grande do Norte (+6,83%).
No ano, o saldo foi favorável para mulheres (+898.680) e para homens (+794.993), foi positivo também para pardos (+1.929.771), brancos (+908.732), pretos (+373.501) e amarelos (+13.271), porém foi negativo para indígenas (-1.502).
O salário médio real de admissão foi de R$ 2.177,96, com aumento de R$ 55,02 (+2,59%) comparado com o valor do mesmo período de 2023 (R$ 2.122,94). Para os trabalhadores tidos como típicos o salário real de admissão foi de R$ 2.211,13 (1,5%, mais elevado que o valor médio, enquanto para os trabalhadores não típicos R$ 1.941,72 (10,8%, menor que o valor médio).