Empresário investigado pela Operação Overclean é preso com mais de R$ 1 milhão em espécie
Foi encontrada a quantia de R$ 1,5 milhão em uma mala de Alex Rezende Parente; o empresário tentou justificar que o valor seria utilizado para a compra de máquinas agrícolas
Foto: Reprodução/TV Globo
O empresário apontado como um dos líderes da quadrilha investigada pela Operação Overclean, Alex Rezende Parente, foi interceptado e preso com mais de R$ 1 milhão em espécie na última terça-feira (10). No entanto, as informações só foram divulgadas nesta segunda-feira (16).
Ele foi preso ao final de uma viagem aérea que saiu de Salvador e desembarcou em Brasília, quando policias federais interceptaram o voo em que Parente estava, junto ao ex-coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira.
Conforme divulgado pelas investigações, Alex estava transportando uma quantia em espécie no valor de R$ 1,535 milhão. Cerca de R$ 35 mil foi encontrado em uma mochila, o empresário alegou que o valor seria utilizado em gastos pessoais. Porém, a Polícia Federal (PF) encontrou uma quantia de R$ 1,5 milhão em uma outra mala, Parente disse que o valor estava destinado à compra de máquinas agrícolas, mas não foi capaz de provar.
Demais apreensões
Na última terça-feira (10), a PF apreendeu materiais de valor durante investigações da operação. Entre os objetos apreendidos, foram coletadas grandes quantidades de dinheiro em espécie, incluindo valores em dólar, joias, relógios de marca, barcos e dois aviões.
Na ocasião, o vereador baiano Francisco Nascimento, primo do deputado Elmar Nascimento (União-BA), jogou uma quantia de dinheiro pela janela antes de se preso pela PF, no mesmo dia das apreensões.
Esquema para destruição de provas
A Polícia Federal ainda identificou um esquema para destruição de provas que foi arquitetado pelo investigados. Segundo o que foi detalhado pelo juiz da 2ª Vara Federal em Salvador, Fábio Moreira Ramiro, os investigados receberam ordens diretas de Alex Parente, para eliminar os documentos probatórios.
O grupo planejou utilizar três maquinas trituradoras para descartar as provas. A PF citou em um relatório que, "a intensidade e urgência da destruição de provas revelam que os investigados estão cientes do potencial probatório dos materiais eliminados.