Empresário relata caixinha de R$ 50 milhões em propina no governo Witzel
A afirmação ocorreu no Tribunal Misto que julga o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A caixinha de propina do governo de Wilson Witzel teria arrecadado entre R$ 50 milhões e R$ 55 milhões, segundo depoimento do empresário Edson Torres na última quarta-feira (13). A afirmação ocorreu no Tribunal Misto que julga o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro.
O valor teria beneficiado Wilson Witzel, o ex-secretário de Estado da saúde Edmar Santos e o presidente do PSC, pastor Everaldo apontado por Edson Torres como um amigo há mais de 20 anos. A defesa do pastor nega.
Segundo Edson Torres, a empresa Iabas, com contrato para montagem e gestão dos hospitais de campanha, um dos pivôs do processo de impeachment de Witzel, não teria participado do esquema.
“Na época ficou acertado que iria conversar com o Iabas para uma possível participação de propina neste grande contrato. Logo depois eu adoeci e fiquei afastado. Quando voltei, tudo estava sendo falado pela imprensa”, disse o empresário.
O Iabas foi escolhido para o serviço a despeito de uma série de irregularidades cometidas na gestão de unidades de saúde no estado. Uma delas era o hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.