Empresas estadunidenses adotam medidas por causa do tarifaço
Fabricantes de bens de consumo são os mais afetados

Foto: REUTERS/Jessica DiNapoli
Empresas estadunidenses indicam a adoção de medidas como forma de reagir ao tarifaço imposto à diversos países por Donald Trump. Segundo informações da Reuters, grandes varejistas e fabricantes de bens de consumo têm optado pela redução de lucros ou pelo repasse dos valores para consumidores. Em alguns casos, ambas as ações têm sido adotadas.
A fabricante de itens domésticos, Procter & Gamble (P&G), já anunciou a adoção de ambas as medidas. A empresa multinacional de bens de consumo informou a grandes varejistas o aumento nos preços de alguns produtos a partir da próxima semana. Cerca de 25% dos produtos nos EUA terão os seus preços alterados.
Desde o anúncio das tarifas, as ações de fabricantes do setor de consumo caíram. É o caso da Nestlé, que registrou uma queda de 20% e PepsiCo que reduziu 7%. A P&G também aparece na lista com redução de 19%.
Segundo Bill George, pesquisador em educação executiva na Harvard Business School, empresas como Walmart e Amazon também serão obrigadas a repassar o aumento para os consumidores. Até o momento, montadoras como GM e a Ford têm absorvido os custos das tarifas.
Já algumas empresas poderão adiar os aumentos dos preços. Antes da entrada em vigor das tarifas, estas empresas anteciparam o envio de mercadorias e matérias-primas, criando estoques desses produtos. Isto explica o fato de efeitos da decisão de Trump ainda refletirem na inflação do país, situação que pode mudar no quarto trimestre deste ano ou no primeiro do próximo com o fim dos estoques.
O tarifaço foi anunciado pelo presidente dos EUA no início de julho, quando 22 países tiveram seus produtos exportados para a terra do Tio Sam taxados entre 20% e 50%. Naquele momento, O Brasil foi a única nação a ser taxada em 50%.
O tarifaço entra em vigor na próxima sexta-feira, em primeiro de agosto.