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Empresas farmacêuticas fazem pressão para inclusão de artigos fraudulentos

Ex-ministro francês da saúde fez denuncia durante entrevista

Por Da Redação
Ás

Empresas farmacêuticas fazem pressão para inclusão de artigos fraudulentos

Foto: Reprodução

Durante uma entrevista concedida no mês passado, o médico cardiologista Philippe Douste-Blazy forneceu informações sobre como uma série de estudos negativos sobre a hidroxicloroquina foi publicada em revistas médicas de prestígio. Ele revelou que, durante uma reunião secreta recente, na qual participaram apenas especialistas, os editores do periódicos The Lancet e do New England Journal of Medicine expressaram sua exasperação citando as pressões exercidas pelas empresas farmacêuticas.  

“Se isso continuar, não poderemos publicar mais dados de pesquisa clínica porque as empresas farmacêuticas são financeiramente poderosas; eles são capazes de nos pressionar a aceitar papéis aparentemente metodologicamente perfeitos, mas a conclusão deles é o que as empresas farmacêuticas querem.”, afirmou o médico e ex-ministro da Saúde da França em duas ocasiões.

Em maio, a The Lancet publicou um estudo observacional envolvendo supostamente mais de 96.000 pacientes infectados pela Covid-19 e hospitalizados em 671 hospitais em seis continentes. O que não foi divulgado é o fato de que os dois principais co-autores têm conflitos de interesse financeiros significativos e relevantes que podem ter influenciado as descobertas relatadas. 

O relatório da Lancet alegou que os pacientes "tratados com hidroxicloroquina (com ou sem macrolídeo) apresentavam risco aumentado de arritmia ventricular de novo e ‘um risco maior de morte hospitalar’”. Essa descoberta alarmante de um inacessível conjunto de dados pode ter levantado preocupações para o editor do Lancet, sobre a integridade do estudo e a precisão dos resultados alegados. 

Dias depois da publicação, o Dr. Anthony Fauci, chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) declarou em entrevista a CNN americana que  “Os dados científicos são realmente bastante evidentes agora sobre a falta de eficácia.”

Uma blitz da mídia contra a hidroxicloroquina causou pânico entre os especialistas, ensaios clínicos foram suspensos por instituições internacionais de saúde pública, incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a agência reguladora do governo do Reino Unido e o governo francês.

O cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, afirmou que, embora os dados do  Lancet  não fossem de um estudo controlado randomizado, os dados eram convincentes porque “Vieram de vários registros e um número bastante grande de pacientes, 96.000 pacientes”.

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