Empréstimo consignado pode piorar endividamento da população, diz Idec
Idec ressalta a taxa de juro aplicada sobre estes contratos
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O pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), não avaliou muito bem o empréstimo consignado a beneficiários do Auxílio Brasil sancionado pelo governo. De acordo com a entidade, a medida pode agravar o endividamento da população, que hoje já atinge 77% das famílias brasileiras.
Para o Idec, o texto sancionado pode piorar a situação de quem depende de benefícios sociais para poder sobreviver. O Instituto destaca ainda que além das condições de oferta desfavoráveis, a prática abusiva do assédio, com discurso de direito de acesso ao crédito barato, tem sido explorada nas redes sociais, por telefone e dentro de agências bancárias. Há também o problema do vazamento de informações sigilosas, expondo as pessoas em situação de vulnerabilidade aos golpes praticados no mercado.
O Idec ressalta que outro ponto que merece destaque é em relação à taxa de juro aplicada sobre estes contratos. Segundo a entidade, há previsão de taxas superiores às praticadas pelo mercado, podendo chegar de 79% a 98% ao ano. "Devemos considerar essa condição extremamente abusiva, pois além da elevada taxa de juro, ela penaliza ainda mais os consumidores em extrema vulnerabilidade socioeconômica." A sugestão da entidade é que limitar o juro ao patamar de 13,25% ao ano, ou seja, o equivalente à Selic.