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Salvador

Enfrentando crise financeira, Martagão Gesteira pode desativar UTIs pediátricas

Bahia corre risco de perder metade dos 20 leitos de terapia intensiva

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Enfrentando crise financeira, Martagão Gesteira pode desativar UTIs pediátricas

Foto: Divulgação

Diante dos impactos de uma duradoura crise financeira, o Martagão Gesteira deve desativar uma das duas UTIs pediátricas ainda em funcionamento a partir de quinta-feira (20). Segundo informações da coluna de Jairo Costa, do Metro1, caso o fechamento não seja revertido, a Bahia perderá metade dos 20 leitos de terapia intensiva atualmente disponíveis na unidade.

O Martagão Gesteira é o maior hospital 100% Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivamente voltado ao atendimento de crianças e adolescentes no Nordeste. Nos últimos dias, a diretoria da unidade iniciou o processo de redução do corpo de profissionais de saúde das mais diversas áreas, como preparativo para a desativação da UTI, seja ela temporária ou definitiva.

Em nota, o hospital informou apenas que "o fato ainda não está confirmado" e que assim que a decisão for tomada, a imprensa será avisada.

Confira a nota na íntegra: 

Contratos defasados levam Martagão Gesteira a readequar rol de serviços ofertados

Instituição filantrópica, o Martagão Gesteira enfrenta, há anos, o desafio de angariar recursos para suprir um déficit mensal e poder ofertar saúde de qualidade a quem mais precisa. Em 2024, a estimativa era de um déficit de cerca de R$ 15 milhões. O recurso que é repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre os custos totais da operação do hospital, que atende milhares de pacientes de todo o estado, em 27 especialidades médicas.

Cada serviço ofertado no hospital é feito por meio de contratos com o poder público. Apesar de reajustes pontuais, há contratos que não são atualizados há mais de 10 anos. Toda essa situação vem sendo resolvida graças a receitas extraordinárias, especialmente com o apoio da bancada parlamentar baiana e doações de inúmeros apoiadores. Entretanto, a solução definitiva requer a revisão e atualização dos valores pactuados.

Especificamente para a UTI, o subfinanciamento do SUS e uma  escassez de profissionais habilitados em pediatria criaram uma situação extremamente difícil. Diante deste cenário, essa defasagem contratual levou ao fechamento de uma UTI específica do hospital, com redução no quantitativo de cirurgias cardíacas a serem realizadas. Entretanto, o Martagão manterá outras duas UTI’s em pleno funcionamento. 

Apesar de auxílios pontuais, como emendas parlamentares e contribuições da sociedade civil, a operação destes serviços torna-se impossível sem o efetivo equilíbrio dos contratos.

A interrupção de um determinado serviço é o último desfecho desejado pelo hospital, que já está em tratativas com seus contratantes para encontrar estratégias para que o serviço seja retomado em sua plenitude. Diante desta situação, o hospital irá readequar seu rol de serviços e intensificará cirurgias eletivas. Haverá um incremento de procedimentos como amigdalectomia, amigdalectomia com adenoidectomia, e as henioplastias epigastrica, incisional, inguinal, inguinal crural e umbilical. 

O hospital destaca, ainda, que não há previsão de demissões em massa, não há insolvência financeira e que todos os contratos e pagamentos estão em dia. Não há ameaça de fechamento do Hospital, que permanece funcionando normalmente.

 

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