Entenda como vai funcionar o Drex, a primeira moeda digital brasileira
Moeda virtual, que segue em fase de testes, deve ser lançada no final de 2024
Foto: Divulgação/Bacen
Em breve, os brasileiros terão à sua disposição o Drex, primeira moeda digital que será equivalente ao dinheiro em circulação. Ela chega com o objetivo de facilitar as transações e proporcionar maior segurança às operações financeiras.
Também conhecido como real digital, o Drex funcionará como uma versão virtual das notas em papel-moeda — vai ser uma representação digital das notas emitidas pelo BC. Segundo economistas, a implementação deve representar um grande avanço na regulação da economia digital no país.
Diferente do que muitos pensam, o Drex não é uma criptomoeda, apesar de compartilhar algumas tecnologias presentes nessas moedas digitais. Isso ocorre porque, diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real.
No Brasil, cada real 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central. As criptomoedas, por sua vez, não têm garantia de nenhuma autoridade monetária. “A nova moeda digital seguirá as mesmas políticas e os mesmos regulamentos que garantem o valor e a estabilidade da moeda convencional, incluindo a cotação diante de outras moedas, que será a mesma do real hoje. Por meio da plataforma que está sendo criada para que o Drex circule, será possível realizar transações financeiras, transferências e pagamentos", afirma o economista Eduardo Amendola.
Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Os usuários poderam, inclusive, realizar um Pix em Drex, ou utilizar o Drex para realizar transferências e pagamentos em outros meios já existentes.
A moeda virtual oficial ainda está em fase de testes. A expectativa é de que ela seja lançada no fim de 2024.