Equipe de reportagem do Estadão é agredida por apoiadores de Bolsonaro

Manifestantes que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro agrediram com chutes, socos e empurrões a equipe de profissionais do jornal Estadão que acompanhava uma manifestação favorável ao governo, realizada no último domingo (3), em Brasília. O fotógrafo Dida Sampaio fazia o registro de imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto, em uma área exclusiva a imprensa, quando foi agredido.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), partidos políticos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e entidades como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se manifestaram contra os ataques. Através de nota, a direção do Estadão afirmou que "trata-se de uma agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia". 

O fotógrafo de nome Sampaio utilizava uma pequena escada para fazer as fotos de Bolsonaro, quando foi empurrado duas vezes por manifestantes, que desferiram chutes e socos neles. O motorista do jornal, Marcos Pereira, que acompanhava a equipe de reportagem, também foi vítima das agressões físicas ao sofrer uma rasteira. Os manifestantes proferiram palavras de ordem, tais como "fora Estadão" e "lixo".

Diante das agressões e o tumulto generalizado, os profissionais precisaram deixar o local rapidamente em um área segura e procuraram o apoio da Polícia Militar, que ajudaram na escolta para um local mais seguro. Outros profissionais de imprensa também foram insultados, porém, não sofreram agressões físicas.