Erika Hilton abre representação contra Isidório e pede indenização de R$ 3 milhões por falas transfóbicas
Deputada foi chamada de 'meu amigo' pelo pastor, que definiu transexualidade como 'fantasia'
Foto: Reprodução
A deputada federal Erika Hilton (PSOL) entrou com uma representação contra o deputado Pastor Sargento Isidório (Avant), pedindo o valor de R$ 3 milhões por conta das falas transfóbicas do parlamentar na tarde de quarta-feira (20).
O momento ocorreu durante a votação do PL que busca anular o reconhecimento de uniões homoafetivas, que ocorreu na Comissão de Previdência, Assistência Social e Família da Câmara.
Em sua fala, o deputado afirmou que a identidade de gênero transexual, transgênero e travesti é uma "fantasia", referindo-se a pessoas que realizam procedimentos de redesignação sexual. "Deus criou naturalmente homem e mulher, que é igual a filhos. Dois homens ou duas mulheres em uma ilha não vai encontrar nada", afirmou o Pastor Sargento Isidório, o que iniciou uma discussão.
Ao discordar do pastor e se referir a fala dele como "absurdo", o político se direcionou à deputada no masculino. A bíblia não é um absurdo, meu amigo". A deputada rebate, mas não é possível ouvir o que ela diz nas imagens divulgadas pela Câmara dos Deputados.
Na sequência, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL) rebate no microfone: "Não chama ela de amigo, ela é uma mulher. O Estado é laico, pastor", afirma.
No Twitter, Hilton se solidariza "a todes que assistiram o show de horrores na Comissão da Família hoje", sem citar, necessariamente, o episódio. "Novamente presenciamos fundamentalistas que cultuam o ódio atacar as existências de pessoas LGBTQIA+ e o direito, embasado em cláusula pétrea da Constituição, ao casamento homoafetivo", afirmou.