Caso 'tio Paulo': solta pela Justiça sobrinha diz não ter percebido morte de idoso
A sobrinha de tio Paulo, conta sobre tratamento com zolpidem que causa esquecimento; Juíza relata que Erika tem a saúde mental debilitada
Foto: Reprodução/RedesSociais
Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, sobrinha do tio Paulo, deixou a cadeia depois de duas semanas presa, nesta quinta-feira (2). Em uma entrevista para o Fantástico, Erika se emociona ao falar que não percebeu que o tio estava morto, e que ela não é esse monstro que elas estão dizendo pra ela.
Segundo ela, ainda na rua, ela perguntou ao tio se ele ficaria mais confortável caso apoiasse a cabeça dele. "Eu perguntei se assim ficaria melhor, ele disse que sim". Erika também disse que, em consequência dos remédios controlados que toma regularmente, afirma que não se lembra de muita coisa que aconteceu no banco.
"Como eu faço tratamento, eu tomava zolpidem, às vezes tomava mais do que um. [O esquecimento] não sei se foi efeito do remédio que eu tinha tomado naquele dia", diz ela em entrevista.
O Ministério Público denunciou, nesta semana, que Erika agiu de forma consciente, voluntária, e demonstrou desprezo e desrespeito por Paulo Roberto. A juíza Luciana Mocco aceitou a denúncia do MP e Erika virou ré por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver, que é o ato de menosprezar a pessoa morta.
A magistrada revogou a prisão preventiva, alegando que Erika é ré primária, tem residência fixa e que não representa risco para a ordem pública em liberdade. Também foi relatado que Erika tem uma saúde mental debilitada e tem uma filha menor de idade com necessidades especiais para cuidar.