Escassez de assistência humanitária afeta civis no conflito em Gaza, alerta representante da OMS
Documento destaca carência de suprimentos básicos e dificuldades no acesso a áreas atingidas
Foto: Unicef/Abed Zagout
O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Território Palestino Ocupado, Richard Peeperkorn, alertou para a falta de assistência humanitária adequada aos civis afetados pelo conflito em Gaza, evidenciando uma situação crítica de escassez de alimentos e suprimentos médicos, especialmente no norte do enclave.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, os impactos do conflito resultaram em 23.084 mortes, sendo 70% mulheres e crianças, e quase 59 mil pessoas feridas, correspondendo a cerca de 2,7% da população local. Peeperkorn ressaltou a urgência de se aumentar a entrega de suprimentos essenciais para a região, enfatizando a necessidade de facilitar o acesso humanitário e a circulação de profissionais para alcançar todos os afetados.
O representante da OMS expressou preocupação com a intensificação da violência, que comprometeu a segurança e a rapidez no transporte de suprimentos médicos e pessoal, afetando o funcionamento dos hospitais e a prestação de assistência. Ele destacou que, devido a dificuldades logísticas e ordens de evacuação, várias missões humanitárias planejadas foram canceladas desde dezembro.
Peeperkorn ressaltou a disposição da equipe da OMS em prestar ajuda, mas lamentou a falta de permissões necessárias para garantir a segurança durante o deslocamento, enfatizando a importância de apoio internacional para evitar uma crise humanitária ainda maior na região.