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Mais de 6 milhões de ucranianos deslocados enfrentam necessidades humanitárias

Aumento dos bombardeios nas últimas semanas agravaram a situação no país

Por Da Redação
Ás

Mais de 6 milhões de ucranianos deslocados enfrentam necessidades humanitárias

Foto: Unicef/Aleksey Filippov

Após quase dois anos de guerra entre a Rússia e a Ucrânia, cerca de 6,3 milhões de refugiados permanecem deslocados. A informação foi dada pelo pelo porta-voz da agência da ONU para Refugiados (Acnur).

Segundo Matthew Saltmarsh, 5,9 milhões dos refugiados estão distribuídos pela Europa, e outros 3,7 milhões permanecem deslocados internamente. Esses números colocam o país europeu. Com cerca de um quarto de sua população deslocada, a Ucrânia está entre os países com o maior número de refugiados do mundo. 

Para Acnur o aumento dos bombardeios direcionados a civis e à infraestrutura civil estão aumentando as necessidades humanitárias no país nas últimas semanas. Temperaturas congelantes e insegurança persistem, especialmente em regiões da linha de frente dos combates.

Segundo Matthew Saltmarsh, aproximadamente 16,9 milhões de pessoas na Ucrânia precisam urgentemente de apoio humanitário. Ele afirma que o financiamento humanitário deve ser mantido para atender às necessidades urgentes nas regiões da linha de frente e apoiar as pessoas afetadas pela guerra.

Apoio às comunidades anfitriãs

O representante do Acnur enfatiza a importância de não forçar refugiados a retornar apenas por dificuldades no exílio. A maioria pretende permanecer nos países anfitriões, demandando apoio contínuo dos governos locais e da comunidade internacional para suas necessidades básicas, serviços essenciais e inclusão plena nas comunidades locais.

62% dos refugiados são mulheres e meninas, e 36% são crianças, o que, juntamente com o alto número de famílias monoparentais, aumenta o risco de violência de gênero.

Apenas metade das crianças e jovens refugiados da Ucrânia estavam matriculados nas escolas dos países anfitriões no início do ano letivo de 2023-2024. Isso indica um risco de muitos permanecerem fora da escola no próximo ano letivo, marcando o quarto ano consecutivo de interrupções na educação desde o início da guerra.

Entre 40 e 60% dos refugiados em idade ativa estão empregados. Acesso a trabalho digno continua sendo uma necessidade crucial, mas algumas barreiras existentes são treinamento intensivo de idiomas, reconhecimento de habilidades, cursos de aprimoramento e emprego condizente.

Cuidados de Saúde 

O acesso a cuidados de saúde também é uma preocupação, com 25% da população de refugiados necessitando de cuidados de saúde e enfrentando dificuldades para acessar o sistema nacional, devido a longas esperas, barreiras linguísticas e altos custos. Além disso, 30% dos lares relataram que pelo menos um membro enfrenta problemas de saúde mental ou psicossocial.

Pessoas com deficiência, aqueles com condições médicas graves e outros com necessidades específicas que fugiram da Ucrânia estão enfrentando desafios crescentes e dificuldades.

De acordo com o Acnur, as lacunas e barreiras à inclusão podem ser superadas com os investimentos corretos nos sistemas nacionais de proteção social, provisão de informações, acesso a serviços locais e abordagens inovadoras.

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