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'Essa mulher representa um pouco do que passa o povo brasileiro' diz Lula sobre representante do Quilombo Rio dos Macacos

Comunidade quilombola tem sofrido intensa violação de direitos através de ações da Marinha desde 2010

Por Da Redação
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'Essa mulher representa um pouco do que passa o povo brasileiro' diz Lula sobre representante do Quilombo Rio dos Macacos

Foto: Farol da Bahia

Durante o evento para a assinatura do Decreto de Regulamentação da Lei Paulo Gustavo, em Salvador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se emocionou ao falar da situação atual do país. No palco da Concha Acústica, nesta quinta-feira (11), ele abraçou uma representante do Quilombo Rio dos Macacos, que fica em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, e afirmou que a mulher "representa um pouco daquilo que passa o povo brasileiro".

Lula citou os pontos positivos alcançados durante o governo do PT no Brasil e afirmou que tudo foi destruído em apenas quatro anos, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

"Essa mulher representa um pouco daquilo que passa o povo brasileiro. Esse país tinha dado um salto de qualidade. Esse país tinha se transformado no país mais alegre do mundo, mais otimista do mundo e gerado, em 13 anos, 22 bilhões de empregos de carteira assinada. Esse país tinha aumentado o salário mínimo em 74%", disse o presidente. 

Segundo Lula, o governo anterior deixou os brasileiros na pobreza e fome. "Parece que o destino nos jogou uma praga de gafanhotos, que em apenas quatro anos destruíram tudo que nós fizemos. Esse país gerou mulheres como essa [representante do quilombo], desesperadas. E são 33 que voltaram a passar fome nesse país", pontuou. 

Sobre o Quilombo Rio dos Macacos 

O Quilombo Rio dos Macacos disputa território com a Marinha, desde meados de 1970. O conflito começou depois que a Base Naval de Aratu foi construída e a União pediu a desocupação da área pelos quilombolas. Depois de mais de 40 anos de disputa territorial, a titulação das terras do Quilombo Rio dos Macacos ocorreu em 2020.

Por muitos anos, os quilombolas do Rio dos Macacos denunciaram ações violentas por parte de militares da Marinha, como invasões a residências e agressões. Em algumas delas, militares chegaram a ser afastados por causa de ações truculentas contra os moradores.

Mesmo com a titularidade das terras, o Quilombo ainda enfrenta dificuldades. A comunidade continua a denunciar racismo e violências por parte dos membros da Marinha e a falta de acesso a direitos básicos que vulnerabiliza ainda mais os quilombolas. 

Segundo o Quilombo Rio dos Macacos, a Marinha pretende construir um muro e barrar o acesso da comunidade ao rio do local. Além disso, alegam que são esquecidos pelo Governo Federal, que não pensa em políticas públicas para garantir acesso da comunidade a direitos básicos, como acesso a água encanada. Eles também pedem a construção de uma estrada que possa dar acesso direto às terras, sem ter que passar pela Marinha. 

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