"Estamos diante de um inquérito natimorto", diz Marco Aurélio sobre apuração das Fake News
O ministro também criticou o relator Alexandre de Moraes
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Durante a votação para decidir a realização do inquérito das Fake News, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, rejeitou nesta quinta-feira (18), a validade e continuação da apuração e fez críticas ao processo de julgamento pela Corte.
Marco Aurélio chegou a classificar o inquérito como "sem limites" e disse "Estamos diante de um inquérito natimorto", em referência a execução do inquérito pelos magistrados.
O ministro também pontuou que "Ministros devem se manter distantes da coleta de provas e formulação da acusação" e que o procedimento é "uma afronta ao sistema acusatório do Brasil". Ao se referir ao relator do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes, Marco Aurélio disse que Moraes não observou o sistema democrático e criticou o sigilo das investigações.
Até a quarta-feira (17), oito dos 11 ministros do STF haviam votado pelo mantimento do inquérito das Fake News, que apura ataques aos ministros da Corte e tem como alvo apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A ativista bolsonarista Sara Winter foi uma das apoiadoras presas pelo inquérito após ameaçar o ministro Alexandre de Moraes.