Vídeo: Estimamos uma perda de 15 mil empregos, diz representante dos lojistas
Associações de lojistas de Shoppings de Salvador protestam em defesa dos empregos e reabertura do comércio
Foto: Gilberto Junior - Farol da Bahia
As Associações de lojistas de Shoppings de Salvador estão realizando uma manifestação contra o lockdown decretado pelo governo do estado na Bahia. Durante o ato, lojistas e funcionários de lojas saíram em passeata, dando a volta no shopping Salvador, na manhã desta quinta-feira (11).
Segundo Madson Pinto, presidente da Associação de lojistas do Shopping Salvador, eles são contra a forma como o lockdown foi proposto. “O lockdown tomou medidas que não foram discutidas, não foram esgotadas, julgamos que não houve uma forma pertinente de como ele foi executado. Não foi considerado quem está fazendo o certo. Nós tomamos todos os cuidados no shopping como aferição de temperatura, controle do uso obrigatório de máscara, controle do fluxo de pessoas dentro das lojas e fomos punidos de uma forma que consideramos injusta”, disse.
Madson Pinto afirma que as medidas estão acontecendo baseadas em exemplos de outros lugares. “Queremos pautar em fatos e dados para que a gente possa discutir e possamos ter consciência de que a medida que está sendo tomada da forma certa. O encerramento abrupto das atividades do varejo, você está cobrindo um problema e descobrindo outro. A taxa de desemprego é crescente, tudo isso gera um forte impacto, não conseguimos ver isso agora, mas nos próximos meses serão muito desafiadores para tentarmos contornar tudo isso que está acontecendo”, informou.
O presidente estima a perda de pelo menos 15 mil empregos de imediato. O número é equivalente a todas as operações de Shoppings em Salvador. “O impacto é severo e não está sendo feito nada para ser revertido isso”, releva Madson Pinto.
O presidente do Sindicato dos Comerciários, Renato Ezequiel, afirma que a entidade não foi convidada para a discussão sobre fechamento do comércio. “É um erro por parte do governo do estado e prefeitura, nosso sindicato representa 100 mil pessoas precisa estar nesse comitê de crise, eles precisam nos ouvir. É preciso que o governo federal vacine a sociedade. Queremos que tenha a volta do auxílio emergencial, para manter as famílias comendo, manutenção dos empregos e do comércio. É ele que sustenta a economia local. Salvador é 90% comércio e serviço e esse fechamento atrapalha a economia da cidade”, avalia.
Para Renato Ezequiel a solução é uma escalonagem. “Os shoppings poderiam abrir 9h e fechar as 18h. O comércio de rua poderia abrir as 10h e fechar as 18h. Escalonar os trabalhadores, uns trabalham um dia e os outros no outro. Isso sim iria manter os empregos, manter a economia crescendo”, sugeriu.
Segundo o presidente do sindicato dos comerciários, o transporte público superlotados. “Ali é um barril de pólvora do coronavírus, portanto, eu acho que o poder público tem que visualizar isso, abrir a economia, com os protocolos, para que o comércio volte a funcionar de forma escalonada”, disse Renato Ezequiel.