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Alunas de medicina que zombaram de jovem transplantada responderão por injúria, conclui inquérito

Thaís Caldeiras Soares e Gabrielli Farias de Souza negam intenção de ofensa

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Alunas de medicina que zombaram de jovem transplantada responderão por injúria, conclui inquérito

Foto: Reprodução /Redes sociais

A Polícia Civil de São Paulo encerrou a investigação contra duas estudantes de medicina que zombaram de uma jovem transplantada e apontou que ambas cometeram injúria, com possível agravante por crimes de difamação e violência psicológica. As suspeitas foram identificadas como Thaís Caldeiras Soares e Gabrielli Farias de Souza. Elas negam ter havido intenção de ofensa. O inquérito foi concluído na última quarta-feira (16).

O caso agora será analisado pelo Judiciário, uma vez que a infração configura crime de ação penal privada.

A conduta também pode gerar outras implicações, com a possibilidade de ações por danos morais por parte da família da vítima. Além disso, as faculdades envolvidas, Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, e Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh), em Minas Gerais, podem aplicar sanções disciplinares às alunas, que variam de advertência a desligamento do curso.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a mãe da vítima foi orientada a ingressar com uma queixa-crime para dar prosseguimento às medidas legais. A investigação teve início após a divulgação de um vídeo em rede social, no qual as estudantes ironizavam a condição clínica de Vitória, gerando ampla repercussão e indignação.

“Achando que tem 7 vidas”

No vídeo, gravado dias antes da morte da jovem, uma das estudantes comenta: “Essa menina tá achando que tem sete vidas?”, em referência aos sucessivos transplantes a que Vitória foi submetida. A publicação, veiculada no TikTok, foi apagada após a repercussão negativa.

Vitória Chaves sofria de uma condição cardíaca rara, a Anomalia de Ebstein, diagnosticada ainda na infância. Ela passou pelo primeiro transplante em 2005 e, ao longo dos anos, enfrentou novas complicações que exigiram mais dois procedimentos, o último realizado em 2024. A jovem morreu após sofrer choque séptico e agravamento de um quadro de insuficiência renal crônica.

Em resposta à polêmica, as autoras do vídeo publicaram uma retratação, afirmando que não houve intenção de desrespeitar ou expor a paciente. Elas alegam desconhecer a identidade da jovem no momento da gravação e afirmam que o conteúdo foi produzido no contexto de discussão acadêmica.
 

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