Estudo aponta que anticorpos para Covid-19 ficam no corpo até 7 meses após infecção
Levantamento foi compartilhado no periódico Immunity na terça-feira (13)
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De acordo com um estudo realizado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, os anticorpos contra o Sars-CoV-2 podem continuar presentes no sangue por, no mínimo, cinco a sete meses naqueles que tiveram a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O estudo, compartilhado no periódico Immunity na terça-feira (13), teve como base dados de aproximadamente 6 mil pacientes infectados.
“Vemos claramente anticorpos de alta qualidade ainda sendo produzidos cinco a sete meses após a infecção por Sars-CoV-2. Muitas preocupações foram expressas sobre a imunidade contra a Covid-19 não durar. Usamos esse estudo para investigar essa questão e descobrimos que a imunidade é estável por pelo menos cinco meses”, disse Deepta Bhattacharya, um dos estudiosos, em comunicado.
O estudo aponta ainda que quando um vírus infecta o corpo, o sistema imunológico implanta células plasmáticas de curta duração que produzem anticorpos para combater imediatamente o patógeno. Os anticorpos podem aparecer no sangue em até 14 dias após a infecção. Logo depois, o sistema imunológico cria células plasmáticas de longa vida, que produzem anticorpos de alta qualidade que fornecem imunidade duradoura. "Se os anticorpos fornecem proteção duradoura contra Sars-CoV-2 tem sido uma das perguntas mais difíceis de responder", observou Michael D. Dake, coautor do artigo.
Segundo estudo anteriores, sugerem a produção de anticorpos a partir de infecções iniciais e supõem que os níveis dessas células cairiam rapidamente após a contaminação, fornecendo apenas imunidade de curto prazo. Porém, os pesquisadores acreditam que essas conclusões se referem às células plasmáticas de vida curta e não levam em consideração as de vida longa e os anticorpos que produzem.