Coronavírus

Estudo aponta que leite materno pode ser usado no tratamento para coronavírus

Estudos ainda precisam ser revisados pela comunidade cientifica

Por Da Redação
Ás

Estudo aponta que leite materno pode ser usado no tratamento para coronavírus

Foto: Reprodução/Internet

O leite materno de mulheres que já foram infectadas pelo coronavírus apresenta forte resposta imunológica a doença. Essa é a conclusão de um estudo feito por um grupo de pesquisa do Departamento de Infectologia da Escola de Medicina Icahn do Monte Sinai, em Nova York, e do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia em Merced. O estudo ainda não foi revisado pela comunidade científica, mas apresentou resultados animadores. 

De acordo com a pesquisa, a presença de anticorpos para o coronavírus no leite materno pode alçá-lo à função de terapia contra a doença. Já era esperado que o leite produzido por mulheres infectadas apresentasse anticorpos para o coronavírus. Isso porque o colostro (o leite produzido no início da amamentação) contém imunoglobulinas G, o tipo de anticorpo mais abundante no organismo.

Porém, como a imunoglobulina G representa apenas cerca de 2% dos anticorpos totais existentes na substância, ainda não se conhecia a exata quantidade de anticorpos para a doença presente no leite materno. Para calcular esse número, os pesquisadores compararam 15 amostras de leite doado por mulheres recuperadas com dez amostras de controle negativo obtidas antes do início da pandemia. Todo o material recolhido foi exposto ao vírus causador da doença.

Das amostras doadas pelas mães infectadas, 80% apresentaram reação de Imunoglobulina A (IgA), e todas registraram resposta de anticorpo secretório. Isso sugere que a IgA detectada pertence, predominantemente, à subclasse Imunoglubina A secretória (ou sIgA, na sigla em inglês). De acordo com os especialistas, o caráter secretório do anticorpo merece destaque, pois anticorpos dessa categoria são altamente resistentes à degradação proteica no tecido respiratório.

Desse modo, o leite humano poderia ser purificado e usado no tratamento. O estudo ressalta que os resultados reportados são preliminares. No entanto, de acordo com os pesquisadores, essas respostas são "cruciais para bebês e crianças, que tendem a não sofrer muito com a doença, mas provavelmente são responsáveis por uma parcela significativa da transmissão viral". 

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