Estudo aponta que menos de 15% dos municípios do Brasil têm sistema de alerta de desastres climáticos
Mais de 4,2 milhões de brasileiros tiveram de deixar suas casas por conta de eventos climáticos extremos
Foto: Tv Sudoeste
Um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apontou que menos de 15% dos municípios brasileiros possuem sistemas de alerta de desastres naturais, e menos de 10% têm Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil para agilizar as ações de prevenção e atendimento a populações atingidas.
Ao todo, mais de 4,2 milhões de brasileiros tiveram de deixar suas casas devido a eventos climáticos extremos, que destruíram ou danificaram mais de 2 milhões de moradias em 4.334 municípios entre 2013 e 2022. A maioria dessas famílias foram vítimas de tempestades, inundações, alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra.
Até 2022, a estimativa era que 10 milhões de pessoas vivem em áreas de risco. Ainda de acordo com a CNM, 5.570 municípios registraram algum tipo de desastre entre 2013 e 2022. Dos 1.580 municípios incluídos no cadastro nacional de risco do Serviço Geológico Nacional, menos da metade possuem Plano Municipal de Redução de Riscos.
Entre 2020 e 2021, a Secretária Nacional de Proteção e Defesa Civil analisou a estrutura de defesa civil de 1.993 município, e 59% deles tinham no máximo duas pessoas atuando na área. Outros 67% não tinham nenhuma viatura para deslocamento, 72% não tinha telefone fixo exclusivo para a defesa civil e 86% não possuíam radiocomunicador, necessário quando tragédias acontecem. Outros 53% dos agentes não possuíam celular com acesso a internet e 30% não tinham acesso a nenhum computador ou notebook.