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Estudo revela agravamento na saúde mental de 55% da população LGBTQIA+ na pandemia

Desemprego e insegurança alimentar também são consequências desse grupo diante da Covid-19

Por Da Redação
Ás

Estudo revela agravamento na saúde mental de 55% da população LGBTQIA+ na pandemia

Foto: Reprodução/iStock

Com a pandemia do novo coronavírus, milhares de pessoas tiveram suas vidas impactadas de alguma forma. E, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os maiores efeitos são acentuados de acordo com os marcadores sociais, que incluem raça, gênero, classe social, territórios, dinâmica social e econômica e a sexualidade.

Um estudo revela um aumento de 16% na vulnerabilidade da população LGBTQIA+ no Brasil em 2020. Os dados são de um trabalho realizado pelo coletivo #VoteLGBT, em parceria com a Box1824, especializada em pesquisa de mercado. 

O levantamento é uma atualização de uma pesquisa lançada em junho de 2020, que ouviu mais de 7 mil pessoas das classes B e C, nas cinco regiões do país. Desse total, 55,1% respondeu considerar que estão em condições de saúde mental piores hoje se comparado há um ano. Cerca de 55% foram diagnosticados com risco de depressão no nível mais severo, índice 8% maior que o registrado no ano passado (47%).

Segundo o estudo, 30% das pessoas já haviam recebido diagnóstico prévio de depressão e 47,5% para ansiedade. Os números representam um aumento de 2% para as duas condições clínicas em comparação com a pesquisa de 2020, que foi de 28% para depressão e de 45,3% para ansiedade.

O agravamento da saúde mental está diretamente ligado à pandemia, mas principalmente, as consequências dela. A exemplo do desemprego, no qual 6 em cada 10 pessoas LGBTQIA+ tiveram diminuição ou ficaram sem renda por causa da pandemia. A taxa de desemprego desse grupo é de 17,1% subindo para 20,4% entre pessoas trans. 

A falta regular de alimentos em quantidade suficiente, conhecida como insegurança alimentar, também atinge 41,5% dessa população, chegando a 56,8% entre pessoas trans.

O resultado tem como base o Índice VLC (Vulnerabilidade LGBTQIA+ à Covid-19), criado para o estudo de 2020. O índice oferece indicadores quantitativos que envolvem o cruzamento de dados sobre acesso à saúde, ao trabalho, à renda e exposição ao risco de infecção pelo coronavírus. A metodologia utilizada é a mesma que caracteriza o índice de vulnerabilidade social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

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