Estudo revela importância do acesso à formação para os negócios de empreendedoras nordestinas
Cerca de 62% das mulheres que possuem negócio próprio obtêm uma renda entre um e três salários mínimos, mostra pesquisa
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Be.Labs, aceleradora de negócios e mentoria de empreendimentos femininos do Nordeste, lançou, ontem (13), a Pesquisa "Efeito Furacão", que traz dados sobre o impacto causado por educação e formação adequadas na vida de mulheres empreendedoras.
De acordo com as respostas das empreendedoras, o perfil socioeconômico revela uma idade média de 40 anos e meio. Do total, 48% são casadas e 77% têm filhos. Cerca de 60% se declaram chefes de família e 62% informaram ser negras.
Cerca de 62% das mulheres que possuem negócio próprio obtêm uma renda entre um e três salários mínimos. Entre elas, um terço (32%) possui pelo menos uma pós-graduação completa em seu currículo. Marcela Fujiy, fundadora da Be.Labs, destaca que esse é o principal desafio enfrentado pelas mulheres ao empreender.
“O que temos de mais valor para oferecer às mulheres é formação especializada, com olhar empático para todas as agruras por elas vivenciadas. Seus repertórios de vida são muito diferenciados e, em geral, elas são vistas pelo mercado como empreendedoras de pouco potencial competitivo. Para as mulheres que recebemos no programa, visamos oportunizar aprendizados e práticas que possam transformar o negócio e a vida delas, reduzindo desigualdades e as aproximando de uma gestão mais saudável para seu trabalho”, afirma.
O relatório ouviu 350 participantes das 1.600 mulheres que passaram pelo Efeito Furação, programa de pré-aceleração de negócios oferecido pela Be.Labs. Um questionário online foi aplicado para as participantes de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte, estados que receberam turmas do programa.