Estudo revela que uma caminhada enérgica de 20 minutos por dia melhora a saúde cardiovascular
Pesquisa destaca a importância de programas de atividade física acessíveis e culturalmente apropriados
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Um estudo publicado no boletim científico Circulation, da Associação Americana de Cardiologia, demonstrou que uma simples caminhada enérgica de 20 minutos por dia é suficiente para melhorar a saúde e reduzir os riscos cardiovasculares.
A pesquisa alerta para o fato de que grupos da população que praticam menos exercício, como adultos mais velhos, mulheres, negros, pessoas com depressão, baixa capacidade socioeconômica e residentes em áreas rurais, estão em maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
Os autores do estudo ressaltam a importância de desenvolver iniciativas que promovam a atividade física de forma sustentada, especialmente para os grupos com menos recursos econômicos.
De acordo com a pesquisa, a atividade física regular mantém o coração saudável, e uma caminhada enérgica de 20 minutos por dia é o suficiente para alcançar benefícios significativos.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar os níveis de atividade física de diferentes grupos de adultos e revisar estratégias para aumentar a atividade física em grupos com poucos recursos ou em risco de má saúde cardiovascular.
"Gerald J. Jerome, do Departamento de Cinesiologia da Universidade de Towson, Maryland, nos Estados Unidos, afirma: "Ajudar todos a melhorar a saúde do coração é importante. Descobrimos que muitos grupos com problemas cardíacos também apresentavam baixos níveis de atividade física. Sabemos que a atividade física regular é um componente-chave para uma ótima saúde cardiovascular. Esses resultados nos oferecem a oportunidade de focar esforços em programas de atividade física nos locais onde as pessoas mais precisam".
Menos de 25% dos norte-americanos praticam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, que é a recomendação da Associação Americana do Coração.
A equipe de pesquisa analisou os dados de programas de atividade física desenvolvidos para melhorar os níveis em populações específicas e observou que os grupos que menos se exercitam são adultos mais velhos, mulheres, negros, pessoas com depressão ou incapacidades, indivíduos de nível socioeconômico mais baixo e residentes em áreas rurais ou bairros com menor infraestrutura para exercícios.