Eventos climáticos podem resultar no deslocamento de até 3 milhões de brasileiros
Em 2018, cerca de 2 milhões de pessoas já viviam em áreas de altíssimo risco
Foto: Reprodução/Pixabay
O climatologista Carlos Nobre estima que nos próximos anos o Brasil poderá ter que realocar até 3 milhões de habitantes devido à suscetibilidade a eventos climáticos extremos. Em 2018, um levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) já calculava que cerca de 2 milhões de pessoas viviam em áreas de altíssimo risco de inundações e deslizamentos.
O número levava em conta a análise de 825 municípios, com base nos dados do Censo de 2010. Atualmente, o Cemaden está refazendo esse estudo para mais de 1.900 municípios. Nesse caso, o Censo de 2022 será utilizado como referência de base populacional.
“O número vai passar, certamente, de 3 milhões de brasileiros que precisarão ser removidos”, disse Nobre ao Metrópoles.
As pessoas que têm de deixar o local onde vivem por causa de eventos naturais extremos são consideradas, por parte dos estudiosos do tema, como refugiados climáticos. Nos últimos anos, o Brasil tem registrado diversos casos de áreas afetadas por eventos extremos.
O caso mais recente são as enchentes no Rio Grande do Sul, mas as fortes chuvas já causaram destruições em locais como São Sebastião, Recife, Sul da Bahia e Norte de Minas Gerais.