Ex-comandante da PM do DF evita responder às perguntas durante a CPMI do 8 de janeiro
Coronel Fábio Augusto Vieira compareceu à comissão nesta manhã de terça-feira (29)
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
O coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), negou ter permitido os ataques às sedes dos Três Poderes. O depoimento foi dado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta manhã de terça-feira (29).
Em dado momento, o coronel chegou a dizer que não se comprometeria em dizer a verdade e que permaneceria em silêncio durante o colegiado. “Fiquei consternado ao ver vândalos, verdadeiros terroristas depredando prédios e atacando instituições que sempre protegi com muita dedicação. Jamais compactuei ou permiti que atacassem nosso Estado Democrático de Direito. Por orientação da minha defesa técnica, permanecerei em silêncio até o acesso à íntegra dos autos”, disse o militar.
Ao ser perguntado pelo presidente da comissão, deputado federal Arthur Maia (União-BA), se falaria a verdade frente ao parlamentares, Vieira declarou: “Conforme mencionado, por não ter acesso à íntegra dos autos, eu vou permanecer em silêncio e não vou fazer o cumprimento [de dizer a verdade]”.
Deputados e senadores chegaram a discutir sobre a decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu que Vieira ficasse em silêncio durante o depoimento. O presidente da CPMI resumiu a liminar de Zanin em uma frase: “O depoente pode mentir”.