Ex-diretor da Abin será ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos nesta quinta-feira (26)
Saulo Moura da Cunha estava à frente da agência de forma interina no dia 8 de janeiro
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, será ouvido, nesta quinta-feira (26), às 10 da manhã, pela CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Ele estava à frente da agência de forma interina no dia 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília.
O ex-diretor da Abin já prestou depoimento anteriormente na CPI Mista (CPMI) dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional, no dia 1º de agosto. Na ocasião, ele afirmou aos parlamentares que a Abin "cumpriu seus deveres" com relação aos eventos ocorridos no dia 8 de janeiro.
Durante os eventos, a Abin desempenhou um papel importante na comunicação de informações às autoridades e outros órgãos públicos, incluindo dados sobre o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
O depoimento de Cunha faz parte de um movimento semelhante ao ocorrido no Congresso, envolvendo deputados da oposição da Câmara Legislativa do DF. Os parlamentares alegam que o governo federal pode ter sido omisso no dia 8 de janeiro.
Inicialmente, estava agendado para esta quinta-feira o depoimento do coronel da Polícia Militar Reginaldo de Souza Leitão, porém ele apresentou um atestado médico válido até a próxima segunda-feira (30). Leitão é suspeito de fazer parte de um grupo de mensagens que compartilhava informações sobre a organização dos atos antidemocráticos. Ele foi reconvocado e será ouvido no dia 16 de novembro.