Ex-diretor da PRF preso por suspeita de interferência no processo eleitoral rejeita delação premiada
Advogado de Silvinei Vasques, afirma que "delação premiada é para bandido"
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A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a gestão de Jair Bolsonaro, rejeitou a possibilidade de delação premiada e enfatizou que "delação premiada é para bandido". A Polícia Federal (PF) deve propor um acordo de delação a Vasques, que tem depoimento agendado para esta quinta-feira (10) às 14h.
O advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão, que representa Vasques, declarou: "Delação premiada é para bandido. Silvinei é cidadão de bem e atuou sempre observando os princípios da legalidade e da moralidade".
Vasques foi detido pela PF na quarta-feira (9) sob suspeita de utilizar recursos da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano anterior. De acordo com as investigações, membros da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais para dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno das eleições.
A prisão de Vasques foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que classificou as condutas como "gravíssimas". Moraes afirmou que as novas diligências solicitadas pela Polícia Federal são "imprescindíveis para a completa apuração das condutas ilícitas investigadas".
O ministro ressaltou que a conduta do investigado, conforme relatada pela Polícia Federal, apresenta indícios de irregularidade e gravidade, visto que elementos apontam para o uso inadequado da máquina pública com o propósito de interferir no processo eleitoral.