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Ex-diretor do MJ afirma que Anderson Torres tentou criar uma nova operação antes 2º turno das eleições de 2022

Réus do 2° núcleo de apurações sobre a trama golpistas foram ouvidos nesta quinta-feira (24), pelo STF

Por Da Redação
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Atualizado
Ex-diretor do MJ afirma que Anderson Torres tentou criar uma nova operação antes 2º turno das eleições de 2022

Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil

O ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Fernando de Sousa Oliveira, disse que o então ministro Anderson Torres apresentou mudanças no comportamento antes do 2° turno das eleições 2022, além disso, ele tentou instaurar uma operação para que o policiamento do pleito fosse reforçado. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (24).

Fernando Oliveira é delegado da Polícia Federal (PF) e, segundo ele, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), solicitou que houvesse o aumento de verbas para conseguir elevar os efetivos nos 2° turno, mesmo com indícios de crimes eleitorais fora de suas competências. 

O delegado pertence ao "núcleo 2" das investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado pela gestão Bolsonaro em 2022, ele foi interrogado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (24). 

“Logo no começo, o Dr. Anderson me pediu uma operação, a viabilidade de uma operação integrada da PF com a PRF. Essa operação tinha um nome próprio chamado “crime eleitoral zero”. Foi o primeiro posicionamento contrário a esse pedido do ministro. O ministro estava insatisfeito com a atuação da PF e me pediu essa operação. Foi logo após o 1º Turno”, disse Oliveira durante o depoimento.

O delegado afirmou que não teria a viabilidade técnica para instaurar a operação, já que uma operação integrada entre PF e PRF para o 2º turno das eleições já estava em curso.

“Fiz essa explanação para o ministro dizendo que não haveria viabilidade técnica para uma operação conjunta para o segundo turno, uma vez que já existia a operação “eleições 2022” com a mesma pauta, mesmo tema e as mesmas forças policiais. Então não haveria viabilidade técnica para se criar uma operação. [...] Foi meu primeiro desalinhamento com o ministro Anderson Torres”, continuou.

Pedido de verbas 

O ex-diretor do MJ disse que a PRF mandou alguns ofícios à pasta solicitando o incremento de verbas, mesmo sem haver necessidade de ter aumento do efetivo.

Oliveira, também, disse que orientou que os pedidos da ordem de R$ 1 milhão e de R$ 3 milhões fossem negados.

“No meu entender como assessor técnico não tinha necessidade de aumento de efetivo, desse empenho pedido pelo ministro, porque todos os indícios de inteligência que eu recebia, os indícios de crimes eleitorais, eram em centros urbanos, cidades, capitais, não havia atribuição da PRF relacionados a esses indícios”, disse.

“No meu entender, não havia nenhum indício que levasse ao aumento de efetivo. Na minha opinião como assessor técnico. Por isso fiz esse ofício dizendo que não havia Não havia necessidade de implementação de recursos”, afirmou o delegado.

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