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Ex-ministro da Defesa afirma que comandantes militares fizeram “escalinha” para visitar Bolsonaro após resultado da eleição de 2022

Paulo Sérgio Nogueira afirmou que Bolsonaro ficou “depressivo” após a eleição de 2022 e, por isso, ficou preocupado com a saúde do ex-presidente

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Ex-ministro da Defesa afirma que comandantes militares fizeram “escalinha” para visitar Bolsonaro após resultado da eleição de 2022

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava com sinais de tristeza profunda após perder as eleições presidenciais de 2022, em depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10). O general ainda afirmou que a condição de Bolsonaro causou muita preocupação e por esse motivo, ele mobilizou outros comandante militares para oferecem apoio ao então presidente. 

Nogueira disse que, diante do quadro, propôs aos três comandantes das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - que fizessem visitas revezadas ao Palácio da Alvorada com o intuito de confortar Bolsonaro e ajudá-lo a passar pelo período difícil.

"Uns vinte dias depois [das eleições], estive vendo o presidente. Ele ficou realmente abatido, pesaroso, depressivo e doente. Eu me preocupei com a saúde do presidente", disse o general. "Eu ia para lá, o [tenente-coronel e ajudante de ordens Mauro] Cid dizia: 'Quando vocês vêm aqui, ele se sente bem'", continuou Nogueira.

De acordo com o general, após ter essa conversa com Cid, foi realizada uma de escala informal para as visitas serem feitas com o intuito de ajudar Bolsonaro.

"Tratei com os três comandantes e disse assim: “Façam uma escalinha: um vai um dia, o outro vai no dia seguinte...”. A ideia era melhorar o visual do presidente. Os três iam lá para conversar, e ele desabafava. Nos primeiros 15 dias, era como se fosse um velório. Depois é que ele começou a melhorar", disse.

O ex-ministro deu a declaração após ser questionado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), relator das investigações que analisam a existência de uma organização criminosa que tentarem dar um golpe de estado após o resultado da eleição de 2022, e assim impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moraes perguntou a Paulo Sérgio se ele tinha convocado os três comandantes das Forças e se teve alguma menção a um possível decreto de Estado de Sítio entre os dias 7 e 14 de dezembro de 2022.

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