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Ex-prefeito de Caxias é alvo de operação da PF por falsificação de carteira de vacinação da família de Bolsonaro

Além de Washington Reis, operação também mira agentes públicos de Duque de Caxias (RJ)

Por Da Redação
Ás

Ex-prefeito de Caxias é alvo de operação da PF por falsificação de carteira de vacinação da família de Bolsonaro

Foto: Reprodução

O secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), é alvo de uma operação deflagrada, na manhã desta quinta-feira (4), pela Polícia Federal. A ação, que faz parte da 2ª fase da Operação Venire, investiga a suposta fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022.

São cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com o objetivo de “buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”.

Além de Washington, a operação também mira agentes públicos de Duque de Caxias (RJ), que teriam viabilizado a inserção de dados falsos no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). A PF pretende, também, identificar novos eventuais beneficiários.

Suposta falsificação

Os sistemas do Ministério da Saúde indicaram que foram incluídas duas doses de vacina contra a Covid no nome de Jair Bolsonaro. As doses teriam sido aplicadas no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.

Esses dados, segundo a PF, foram inseridos no sistema apenas em 21 de dezembro, pelo então secretário municipal de Governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e removidos 6 dias depois, por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, sob alegação de “erro”.

A suposta falsificação teria como propósito assegurar a entrada de Bolsonaro, seus familiares e colaboradores próximos nos Estados Unidos, evitando assim a exigência de vacinação obrigatória. O ex-presidente deixou o país no penúltimo dia de seu mandato.

Operação Venire

A 1ª fase da Operação Venire foi deflagrada pela PF em maio do ano passado. Na ocasião, os policiais prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid , e outros 5 suspeitos.

O esquema teria adulterado os cartões de vacina do então presidente Jair Bolsonaro, da sua filha mais nova, Laura, de assessores e também do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão do então prefeito de Duque de Caxias.

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