Ex-presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales é condenado por agressão sexual após beijo forçado em jogadora; pena prevê multa
Caso aconteceu no final da Copa do Mundo feminina de 2023
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Foto: Reprodução
O ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, foi condenado pelo Tribunal Superior da Espanha por agressão sexual contra a jogadora espanhola Jenni Hermoso.
O anúncio da decisão foi feito nesta quinta-feira (20). Durante a celebração Copa do Mundo feminina de futebol de 2023, vencida pela Espanha, Luis Rubiales beijou Jenni Hermoso forçadamente.
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À época, o dirigente chegou a falar em consentimento e disse que era “vítima de um falso feminismo”, o que foi negado pela jogadora, que definiu o caso como "agressão, um ato impulsivo, machista, fora de lugar e sem nenhum tipo de consentimento".
Rubiales terá que pagar uma multa de cerca de 10.000 euros (cerca de R$ 54 mil) e não será preso. A promotoria pedia 18 meses de prisão. Ele também foi absolvido, no mesmo julgamento, da acusação de coerção pela qual também respondia.
A decisão também estipula que Rubiales não poderá se aproximar de Hermoso em um raio de 200 metros e não poderá se comunicar com ela durante um ano.
Jorge Vilda, ex-treinador feminino, Albert Luque, ex-diretor de Futebol da seleção masculina, e Rubén Rivera, ex-chefe de marketing da Federação, também eram réus no processo, mas foram absolvidos.
O julgamento foi aberto no início de fevereiro com o depoimento de Jenni Hermoso, que repetiu que o beijo não foi consensual. Na terça-feira (11), Luis Rubiales voltou a afirmar em depoimento que estava "absolutamente certo" que o beijo foi consentido.
Jorge Vilda, que foi absolvido, disse que tentou persuadir Jenni Hermoso a minimizar o beijo, mas negou que tenha tentado forçá-la. Ele contou que falou com o irmão dela, Rafael, no voo de volta para a Espanha e que estava preocupado que o beijo estivesse “atraindo muita atenção da mídia”.